quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cap.7 - Finalmente, lar doce lar.

"Grandes coisas fez o senhor por nós, por isso estamos alegres". (Salmos 126:3)

Parecia que esse dia nunca chegaria, mas chegou. Lá estavam eles, na nova cidade, na nova casa, começando uma nova vida. Deus havia feito coisas maravilhosas em suas vidas até ali, coisas pelas quais eram extremamente gratos. Agora se preparavam para novos tempos com Ele.

Chegaram um mês antes de todo mundo, para arrumarem tudo a tempo.

Acordar ao som de passarinhos não era algo comum a eles, mas passou a ser. Diariamente ouviam e viam várias espécies: maritacas, pica-paus, quero-queros, andorinhas e mais... O cheiro de terra e grama, o vento abundante que entrava e saía pelas janelas, a paisagem verde que envolvia todos os arredores, tudo isso era muito bom mas ao mesmo tempo estranho para aquela família que havia morado por nove anos em uma cidade turística e litorânea. Mas estranho mesmo era precisar encarar quatro lances de escada no prédio para chegar ao apartamento. Todo dia. Várias vezes ao dia.

Aos poucos foram conhecendo gente, conhecendo a vizinhança e conhecendo a rotina do dia-a-dia. Quando as aulas começaram tudo ficou diferente. Muitas pessoas morando nos apartamentos e prédios vizinhos, muita conversa, muitas tarefas e estudos, muitos compromissos. Amizades começaram a se formar, gente que eles nem imaginavam que marcariam suas vidas para sempre.

Ele estudava muito, lia muito, fazia muitos trabalhos. Aquele homem que trabalhou por 14 anos em São Paulo em grandes empresas, agora era um estudante. E qual não foi a surpresa quando perceberam que ele, mesmo tendo estado por tanto tempo longe da vida acadêmica (e já não sendo mais tão jovem), estava dando conta de tudo! Além disso ele realizava muitas tarefas, tarefinhas e tarefões! Fazia educação física, jogava volei, futebol, basquete e dava muitas voltas ao redor do lindo lago que havia lá perto. Mas também limpava, varria, esfregava. Ninguém disse que seria fácil... Ela, que também era formada e trabalhava como autônoma há 8 anos, agora fazia algumas matérias, participava de reuniões, fazia alguns trabalhos freelance, cuidava da casa, cuidava do filho.

Ah, o filho! Esse menininho era mesmo muito especial. Estava com quase dois aninhos, era esperto e muito feliz. Estava naquela fase de falar muito e de fazer gracinhas. Mas a grande felicidade de sua mãe era vê-lo brincando com os amiguinhos que fez ali. 

Um dos maiores medos daquela mãe era o de criá-lo sozinho, sem que ele tivesse crianças com quem interagir. Ela orou muito a Deus para que trouxesse alguns amiguinhos até ele. Meses antes, quando participaram do retiro vocacional, seu coração ficou apertado... Não via nenhuma criança! Continuou orando, pedindo a Deus que desse ao seu filho pelo menos um amiguinho. Na última noite do retiro, durante o louvor no culto de despedida, uma moça parou ao lado dela. Em seu colo, uma menininha de quase dois anos.

- Oi, tudo bem?
- Tudo! Você mora aqui?
- Sim, moro! Moro em um prédio de dois andares, perto dos prédios de 3 andares. Meu marido é seminarista aqui, está indo para o segundo ano.
- Então você estará aqui ano que vem? Você e sua filhinha?
- Sim. Vocês virão pra cá no ano que vem?
- Sim!
- Ah, que bom! Minha filha não tem ninguém da idade dela pra brincar, com certeza nossos filhos serão bons amigos!

Não só os filhos, mas as mães também se tornaram grandes amigas. E outros casais chegaram com filhos pequenos, todos morando por ali. Deus havia atendido o clamor do coração aflito daquela mãe, fazendo muito mais do que ela poderia imaginar.

E assim Deus foi abençoando aquela família. Mal sabiam eles que aquele era só o começo de anos que viriam cheios de experiências profundas e surpresas sobrenaturais reservadas por Deus.


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